Seu nome era José Tiarajú, mas era conhecido como Sepé Tiarajú, nasceu por volta de 1723 e foi um líder indígena que atuou na região do Rio Grande do Sul. Principalmente nas Missões Religiosas.
Sepé Tiarajú foi um dos principais caciques guaranis em meio aos conflitos com as tropas europeias em razão do Tratado de Madri, que previa a saída indígena do território das reduções orientais, para a margem ocidental do rio, de maneira que fossem essas terras ocupadas pelos portugueses.
Quando os guaranis impedem a passagem das comissões portuguesas em Santa Tecla, povoado de São Miguel e a morte do líder indígena Alejandro Mbaruari, Sepé passa a ser o líder de seu povo.

Segundo Bianca Novais Cambruzzi, graduanda do curso de História da Universidade Federal Fluminense:
“Os confrontos, ainda que não favoráveis para ambas as partes, continuaram. O ano de 1754 foi difícil e trouxe o recuo das tropas espanholas e portuguesas, que devido ao mau tempo foram prejudicadas. Em fins de 1755, as tropas coligam-se e voltam a atacar, desta vez em direção a São Miguel, onde Sepé foi eleito corregedor no início de 1756.“
Depois uma emboscada criada por alguns índios, liderados por Sepé foram responsáveis pela morte de militares portugueses, então homens do exército coligado iniciam a perseguição dos indígenas guaranis.
Em 7 de fevereiro, José Joaquim de Viana, governador de Montevidéu, vai em direção aos indígenas como perseguição ou ordem decretada, com cerca de 300 a 400 homens, sabe-se que, o cacique Tiarajú foi morto pelo próprio governador, que além de o estocar com uma lança, tirou sua vida com um tiro.
Sepé, que era uma das lideranças de maior destaque, foi assassinado três dias antes da batalha de Caiboaté, em São Gabriel. Os índios comandados pelo seu substituto, o guarani Nicolau Neenguiru, os indígenas foram derrotados e arrasados pelas tropas.
Sua história, mesmo que ainda que cercada de boatos, o levou a ser reconhecido como “herói guarani missioneiro rio-grandense” pela Lei nº 12.366 do Estado do Rio Grande do Sul, instituindo o dia 7 de fevereiro como data oficial, e Herói da Pátria Brasileira pela lei Federal 12.032/09, com seu nome presente no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, junto a tantos outros.
A rua que leva seu nome, era o antigo Atalho da Cavalhada, o decreto municipal 1743 de 1959, alterou o nome para Rua Sepé Tiarajú.
Fontes:
Martini, CYRO – Histórias de Porto Alegre – Arrabalde Teresópolis

