GIUSEPPE SALOMONI (José Salomoni) – Giuseppe nasceu na Província de Reggio Nell’Emilia, Cidade Di Gualtieri, Itália, em 19 de março de 1856, ainda na Itália, no ano de 1882, casou com Christina Bigi e vieram para o Brasil no ano de 1895, embarcaram no navio Caffaro no dia 27 de novembro, chegando na cidade de Santos, a fim de trabalharem nas fazendas de café no Estado de São Paulo. Vieram com os filhos: Eugênio, Giovani (João), Carolina e Gema, em São Paulo nasceram mais dois filhos: Maria e Alberto.
Giuseppe havia assinado contrato de trabalho na cidade de Jaú, assim que esse contrato terminou, veio para Porto Alegre, onde instalou-se na Via Nova D’Itália (a colônia criada por Vicente Monteggia), junto com outros imigrantes italianos, comprou em 1906, uma área de oito hectares na Estrada Belém Velho, e junto com os seus filhos iniciou o cultivo de parreirais, ali nasceu a última filha do casal, Philomena.
Família de tradição católica, ajudaram a implantar na Colônia, a Igreja e o Cemitério, também participando das atividades sociais e recreativas da época, a família participou das primeiras Festas da Uva do Bairro Vila Nova.
Sr. Giuseppe e sua família forma muito atuantes na comunidade da Vila Nova e Belém Velho, e em conjunto com seus vizinhos, Toni e Bepi Dal’Agua, coordenou as atividades para fazer chegar em Belém Velho água, vinho, lenha, carvão e vários tipos de frutas, a qual a região era carente, naquela época.
Faleceu em Porto Alegre, no dia 24 de abril de 1930.
A rua que homenageia o Sr. Giuseppe Salomoni, é o antigo Beco Petenuzzo, foi nominada pela Lei Complementar 320/1994.
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João Salomoni, nasceu Giovani Salomoni, na Itália, no ano de 1886, veio para o Brasil, juntamente com seus pais e irmãos em 1895, casou-se com Lúcia Moresco Salomoni e tiveram seis filhos: José, Valentim, Angélica, Olga, Cristina e Lydia Filomena.
Assim como seu pai, João foi um homem trabalhador da agricultura e prosperou rapidamente, comprou 16 hectares de terra, em 1934, do alemão Frederico Henrique Sperb, que veio de São Leopoldo para Vila Nova. Seguiu com a plantação de uvas e outras frutas e continuou trabalhando pelo progresso do bairro, sempre participando ativamente da vida da comunidade, e ajudando aos mais necessitados que o procuravam.
João Salomoni faleceu em Porto Alegre no dia 03 de maio de 1952.
O povo do bairro pediu que o Sr. João Salomoni fosse homenageado, assim foi dado o seu nome a parte da Estrada Belém Velho.
Antigamente o acesso até a Belém Velho era feito pela Cascata da Glória, mas o morro era muito íngreme e cheio de curvas, então os moradores se reuniram e pediram a abertura de uma estrada, que ligasse a Cavalhada à Belém Velho, atendendo a essa solicitação em 1910 a Secretária de Obras Públicas construiu a estrada, com aproximadamente 7km, ligando Cavalhada, Vila Nova e Belém Velho, essa estrada hoje tem três trechos com nomes diferentes, João Salomoni (da Cavalhada até a Vicente Monteggia), Rodrigues da Fonseca, (da Vicente Monteggia até o entroncamento com a Cristiano Kraemer) e estrada Belém Velho, daí até a Oscar Pereira.
Inicialmente, o nome da Estrada foi grafado erroneamente como ESTRADA JOÃO SALAMONI, conforme a Lei 1566/1955, após mais de 50 anos, só em 2005, de acordo com a Lei 9800 a grafia do sobrenome foi corrigida. Se bem que na prática, o povo todo já a conhecia como Estrada JOÃO SALOMONI.
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José Salomoni, filho mais velho de João Salomoni, plantava em suas terras diferentes culturas: roseiras, pereiras, pessegueiros, videiras e verduras diversas, e comercializava seus produtos no mercado público do centro de Porto Alegre. As flores eram vendidas também para floristas.
Em 1980, José Salomoni vendeu uma parte de suas terras para a INOCOPE (cooperativa habitacional) e esta construiu um condomínio de prédios, chamado Conjunto Residencial Jardim Salomoni, com 1.152 apartamentos e com uma praça no meio desta área. No local da praça, antes era a casa antiga de José Salomoni.
Para o acesso à casa tinha uma estradinha de chão até a Estrada Salomoni. Esta estradinha, hoje é a rua Joaquim de Carvalho.
No início da Joaquim de Carvalho foi construído um prédio térreo, pela cooperativa, e neste, passou a funcionar a “Casa da Criança Carmem Tejera de Ré”, 1989, que atendia as crianças da comunidade, na sua maioria moradoras do condomínio Jardim Salomoni, e era mantida por voluntários da comunidade. A alimentação, manutenção, o trabalho de atendimento às crianças era feito pelas mães, moradoras da comunidade.
Em 29/09/1990, passa a funcionar com a denominação de Escola Municipal Infantil do Jardim Salomoni e após com a denominação de Escola Municipal de Educação Infantil Jardim Salomoni sob decreto 13/791. Hoje a Escola, através do decreto número 18/888, tem sua denominação de Escola Municipal de Educação Infantil do Jardim Salomoni.
José Salomoni faleceu em Porto Alegre, no ano de 2002, com a idade de 90 anos.
Ele não tem rua ou estrada com seu nome, mas a Escola leva o nome da família, por ter sido construída em terreno deles, o prédio foi construído pela Cooperativa Inocope e conforme uma das professoras mais antigas da escola, o terreno foi doado pela família Salomoni.
Texto de Miriam Lima
https://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/jardimsalomoni/historia.htm consultado em 19/10/2022
https://cphpoa.wordpress.com/2014/05/22/vila-nova/ acessado em 19/10/2022 às 15h40min
Lista de embarque navio Caffaro (27/11/1895) – http://www.inci.org.br/acervodigital acessado em 19/10/2022 às 14h44min
Imagens: Fotos de Miriam Lima – Túmulo da família Salomoni – Cemitério São Jose da Vila Nova