DR. CAMPOS VELHO – MÉDICO e AGRICULTOR

Dr. Campos Velho

Dr. Campos Velho – Médico e Agricultor

Alberto Campos Velho nasceu em 21 de março de 1856, na cidade de Rio Grande, filho de Manuel Mathias da Terra Velho e Clara Virginia Louzada de Campos, foi casado com Carlota de Oliveira Velho, não há registros de descendentes diretos.

Formou-se em 1887 pela Faculdade de Medicina da Bahia, após retornar ao Rio Grande do Sul, atuou como Secretário da Diretoria de Higiene e como Diretor e médico-chefe do Hospital de Isolamento. e trabalhou como responsável pelo Departamento Sanitário na Santa Casa entre 1901 – 1902 (voluntariamente).

Dr. Alberto de Campos Velho foi um médico e personalidade de destaque em Porto Alegre no final do século XIX e início do século XX.

Além de sua atuação médica, dedicou-se à agricultura, incentivando o plantio flores e de árvores frutíferas nos bairros Cristal, Teresópolis e Vila Nova.

Nos anos vinte, a zona sul de Porto Alegre ainda era muito silvestre, motivo pelo qual era procurada por pessoas que gostavam de aproveitar a natureza. Margeando o Guaíba, desde Tristeza até Ipanema, era mata virgem, rica em orquídeas. Devido à paisagem natural e a um clima agradável, as praias e as colinas do Arrabalde da Tristeza eram procuradas por estrangeiros, especialmente alemães. Além das orquídeas surgiu o cultivo das mais variadas qualidades de flores, rosas, begônias, cravos, entre outras. Esta exploração era feita por pessoas da alta sociedade, como lazer ou como profissão, que organizavam exposições e concursos, atribuindo taças, medalhas e diplomas aos mais destacados.

Dr. Campos Velho foi plantador de uvas e flores, ganhando, inclusive primeiros prêmios nas Festas das Uvas de Teresópolis, veja abaixo algumas das suas participações.

1920 – Aconteceu 4ª Exposição de Flores, que se realizou nos Saguões do Palácio Piratini. “Essa exposição contou com as mais lindas e delicadas cravinas, colecionadas pelo Dr. Alberto Campos Velho, médico residente na Estrada dos Emigrantes, mais tarde chamada Faixa Preta e hoje, Rua Dr. Campos Velho. Para essa exposição, o presidente do estado, Dr. Antônio Augusto Borges de Medeiros, além de ceder o prédio do governo, ainda custeou as despesas do evento”.

1909 – Primeira Festa da Uva do Estado, que ocorreu no bairro Teresópolis, onde Dr. Campos Velho foi premiado com suas uvas.

Na Feira ocorrida no ano de 1910, no mesmo local do ano anterior, Dr. Campos Velho ficou em primeiro lugar, com um prêmio de $150, que foi doado para a Construção da Capela de Teresópolis.

Quando não estava participando como expositor dos eventos, era convidado a participar das comissões julgadoras.

Em 1895, no bairro Tristeza, foi fundada a Sociedade Beneficente Giuseppe Mazzini, destinada a oferecer consultas médicas e hospitalares à crescente colônia italiana da região. Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, a sociedade passou a se chamar Sociedade Beneficente Dr. Alberto de Campos Velho, pois essa entidade teve que ter seu nome “abrasileirado” por exigências legais, em homenagem ao seu fundador e patrono, reconhecendo o alto prestígio que ele possuía no bairro.

A atual Rua Dr. Campos Velho, anteriormente conhecida como Rua dos Imigrantes e popularmente chamada de “Faixa Preta”, já que foi a primeira avenida de Porto Alegre a ser asfaltada, localiza-se na zona sul de Porto Alegre, ligando as avenidas Icaraí e Nonoai. Essa via era utilizada por muitas famílias de descendentes europeus no início da colonização do Estado e foi importante na colonização do bairro Vila Nova, pelos italianos.

Nessa época o Dr. Campos Velho cuidava dos Imigrantes.

Em 1928, participou da Comissão de Construção da Capela Santa Flora, hoje Igreja Santa Flora.

Não há Lei que denomine a Av. Dr. Campos Velho, mas temos pela primeira vez citada no Boletim Municipal de ano de 1940, cujo redator foi Walter Spalnding. (Rua Dr. Campos Velho – antes Rua Imigração).

A avenida deve ter sido aberta no final dos anos 1890 ou início de 1900, já que quando a Otto Niemayer foi aberta, em 1911 já existia a Campos velho.

Faleceu em 19 de dezembro de 1936.

Texto de Miriam Lima

Fontes:

http://www.mw.eco.br/winge/origens/revtrist.htm

https://gw.geneanet.org/educro1?lang=fr&n=velho&oc=0&p=alberto+campos&type=tree

Museu da História da Medicina

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