Henrique Pereira Neto nasceu em Rio Grande, como já diz o Neto do seu nome, ele tem o mesmo nome do avô e do pai, seu tio João Dei, morava em Porto Alegre e era um dos sócios da empresa Bromberg, que importava maquinário industrial da Alemanha para o Brasil.
É escassa a biografia deste personagem, sabe-se que Henrique, depois de chegar em Porto Alegre com o tio, foi cursar engenharia na Escola de Engenharia do RS, após se formar tornou-se professor e foi seu diretor entre os anos de 1936 a 1938.
Foi nomeado pelo Intendente José Montaury, Engenheiro Chefe da Seção de Obras Públicas da cidade, em 1920 e remodelou praças e jardins de Porto Alegre neste período. Entre 1930 e 1937 foi Secretário Estadual de Obras Públicas, sob o comando do então Governador Flores da Cunha, quando o governador foi exilado em Buenos Aires, Pereira Neto foi junto, em nome da amizade com o General.
Foi um dos fundadores do CREA-RS, onde presidiu a entidade de 1934 a 1937 e também da Sociedade de Engenharia do RS, onde foi vice Presidente 1930 a 1932 e Presidente na gestão 1932 a 1934.

Pereira Neto casou-se duas vezes, e pasmem, com duas irmãs, a primeira esposa era Idalila Furnier, que faleceu em um acidente de automóvel, e a segunda esposa foi Clara Furnier, não teve filhos com nenhuma das duas mulheres.
Um de seus irmãos era Intendente da Tristeza, então Dr. Pereira Neto passava seus veraneios na casa deste. Assim como seu pai e seus irmãos, era um político ferrenho e fazia parte do Partido Republicano
Aqui na Tristeza, Pereira Neto era militante ativo do Centro Cívico Venâncio Aires, cujo presidente era o Major José Gomes, como as obras públicas para a região eram conseguidas com certa “facilidade” pelo Secretário de Obras, José Gomes resolveu homenageá-lo e encabeçou um abaixo assinado com mais de cem assinaturas, pedindo ao Intendente Municipal para dar nome de Pereira Neto a uma rua do bairro, a que passava atrás da sua chácara e padaria. Era para a rua Dr. Pereira Neto ir da Wenceslau Escobar até a Av. Cavalhada, porém por alguns motivos políticos (que não descobri quais foram), a primeira quadra foi interrompida e ficou com outo nome, como conhecemos até hoje.
Dr. Pereira Neto faleceu em 1965, em Porto Alegre.
Texto de: Miriam Lima
Fontes: Revelando a Tristeza – Volume 2 – Roberto Pellin
www.crea-rs.org.br – consultado em 24/05/2022 às 16h45min
http://sociedadedeengenhariars.com.br/linha-do-tempo/ consultado em 25/05/2022 às 17h
Imagens: Revelando a Tristeza – Volume 2 – Roberto Pellin
Crea-RS