Hoje, 19 de abril, comemoramos o dia do Índio, no Brasil. E foram eles, os primeiros habitantes das terras de zona sul de Porto Alegre, mais especificamente um grande grupo de índios GUARANIS.
No Rio Grande do Sul, anteriormente a esta época, existiam duas grandes tribos: os Tupis e os Tapuias, que viviam em guerra. Dos Tupis, originaram-se os Guaranis, Charruas, Minuanos, Guenoas, Jaros, Caiáguas e outros, dos Tapuias, originarem-se os Arachanes, Carijós e Guananás.
A grande tribo GUARANI que aqui habitava, ocupava desde a Ilha Francisco Manoel (situada no Guaíba, a meio caminho entre as praias de Belém Novo e Lami, no extremo-sul de Porto Alegre essa ilha está englobada nos limites do bairro Boa Vista do Sul, criado oficialmente por lei em 2016), até o Morro do Osso.
Eles moravam em ocas, jurão (casa erguida sobre estacas) ou alpendrados, as tabas distribuíam-se pelos morros do Osso, Cristal, Cascata, Vila Nova, Morro Santana e Santo Antônio.
Esses índios Guaranis eram pacíficos e foram os que mais facilmente se deixaram catequisar pelos jesuítas, eles eram nômades e faziam visitas aos seus “parentes” das outras tribos/tabas existentes na zona norte da cidade.
Seus costumes, aqui na zona sul eram a agricultura tipo coivara, queimavam as matas, para depois plantares inhame, mandioca, feijão e milho.
Nas águas do Guaíba, pescavam usando canoas tipo piroga (canoa comprida) ou pelotas (canoas de coro).
Fabricavam rudimentares peças de barro, para armazenar sua alimentação e também para sepultarem seus mortos, faziam também pratos (nhaembés), panelas (nhaetás) e potes para água (igaçabas).
No morro do Osso e no bairro Vila Nova foram encontradas urnas contendo ossos de indígenas, que atualmente estão em exposição no Museu de Porto Alegre.
Nos dias atuais existem três povos indígenas, os Kaingang, Guarani e Charrua, que somam mais de 33 mil pessoas, sendo a maioria Kaingang (30 mil), guarani, (2500 mil), e uma comunidade Charrua, que vive no bairro Lomba do Pinheiro.
A maioria desta população indígena habita pequenas áreas degradadas, em acampamentos nas margens de rodovias, ou áreas devolutas sem as mínimas condições ambientais, sem saneamento básico, infraestrutura e terra para subsistência. As terras retomadas contabilizam sete áreas: Mbyá Guarani: Ponta do Arado (Belém Novo, Porto Alegre); Aquífero Guarani (RS 040, Viamão); Yvyrupa (Maquiné); Pará Roke (Rio Grande); Terra de Areia (Terra de Areia). Kaingang: Canela (Parque Nacional, Canela); Carazinho (entre Carazinho e Passo Fundo).
Texto de Miriam Lima
Fontes: https://www.nonada.com.br/ consultado em 19/04/2022 às 10h30min
Livro Revelando a Tristeza – Volume 2 – Roberto Pellin
#historiazonasulpoa
#zonasulpoa
#moradoreszonasulpoa
#paginazonasulpoa